Origens

Depois do post do meu querido companheiro, acho que devo mostrar as minhas origens...

Meu contato com fotografia começou desde cedo. Meu avô era dono de uma loja que vendia câmeras, filmes, fazia revelações e ampliações. Ele mesmo fotografou vários eventos e marcos da cidade nos anos 1950, fotografava em grande formato, filmou inaugurações em película 16mm e chegou até a fazer fotos aéreas da Usina de Peixoto!

Cobertura da Expoagro de 1955, feita pelo meu avô.

Em contato constante com tanto talento e paixão por fotografia, obviamente meu pai entrou para o maravilhoso mundo fotográfico ainda adolescente, nos anos 1960. Morando no Rio de Janeiro na década de 1970 e 1980, chegou ao ponto de revelar e ampliar em casa!
Quando eu era criança, muito curioso como sou até hoje, ele me mostrou como usar uma câmera simples, toda automática e eu já comecei a tirar fotos de tudo! Aos 7 anos ele me ensinou a usar uma linda SLR Topcon, que vou mostrar em um futuro post. Desde então veio aos poucos mostrando sobre foco, como usar um fotômetro, como compor uma foto, evitar fotos tremidas e por aí vai. Meu interesse só aumentava!

Em 2003 compramos nossa primeira digital, e creio que no mesmo ano foi o último filme revelado na minha casa. Era o fim de uma era.


Sony Cyber-Shot DSC-F717, a primeira digital da minha família.

De 2003 até 2010 meu interesse por fotografia ficou dormente. Usava câmeras para fazer fotos de festas, família e amigos... mas ainda aplicando as técnicas que meu pai ensinou desde criança! Como enganar o fotômetro para encontrar a exposição correta, como fotografar objetos e pessoas com muita luz atrás (em janelas e afins), e etc.

Em 2010 conheci o Gabriel, uma pessoa maravilhosa e extremamente criativa! Ele adorava fotos e registrava todos os momentos, algo que atiçou meu interesse por fotografia novamente! Em 2011 conhecemos a onda lomográfica e posso dizer que fomos mordidos pelo bixinho analógico!

Desde então adquiri gosto por fotos diferentes, efeitos e defeitos lindos - em uma época pré-febre por Instagram (ele já existia desde 2010 mas não tinha tanto público). Quando compramos nossa linda Lomography Diana Mini foi uma transição bem natural para mim. Já estava acostumado com o jeito de mexer com filmes, como ajustar as luzes, o que aparece ou não nas fotos.
Confesso que tive um pouco de dificuldade com a limitação (e preço) do número de fotos. Um péssimo hábito adquirido pelo mundo digital, onde o limite é o tamanho do seu cartão de memória, então porquê não tirar várias fotos, pra garantir que uma saiu boa?

A partir daí foi só sucesso! A coleção aumentou rapidamente e a ambição por fotos melhores aumentou mais ainda. O desafio de fazer uma exposição manualmente e conseguir a foto perfeita é o que me dirige até hoje. O desejo de dominar a técnica e a matemática da coisa, no lugar de ter um computador pensando por mim e mandando em mim decidindo o que é bom e o que é ruim.

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